É a ruptura abrupta dos modos de vida, cultura e saúde de milhões de pessoas. Toda virada começa com um ponto. Este é o ponto dos povos e da floresta Amazônica.
O conceito de Ponto de Inflexão, no contexto amazônico, é normalmente usado para falar da floresta. Mas o estudo “Extremos climáticos: os Pontos de Inflexão Social na Amazônia” inova ao aplicar o termo para os sistemas social, econômico e político, a fim de diagnosticar e tratar a crise humana na Amazônia.
As mudanças climáticas na região estão levando a processos cumulativos e autopropagáveis que, ao serem ultrapassados, causam perdas irreversíveis para a população e a floresta. O documento busca ser um marco para a adaptação justa e resiliência climática, trazendo como diferencial a co-produção de conhecimento entre lideranças indígenas, povos e comunidades tradicionais, academia e setores estratégicos.
Impulsionados pela interação entre eventos climáticos extremos e pressões socioeconômicas, como a fragilidade institucional, o estudo mapeia os Pontos de Inflexão Social negativos que já estão em curso. O resultado são as Perdas e Danos Não Econômicos (NELD) que afetam as 6 Dimensões da Vida dos povos amazônicos:
O estudo não se limita ao diagnóstico. Ele aponta os Pontos de Inflexão Sociais positivos – sinais de resiliência, como a manutenção de bancos de sementes, o restauro produtivo, o modelo de economia baseada na sociobiodiversidade, técnicas de manejo territorial, dentre outras práticas – que, se amplificadas e apoiadas, podem reverter a trajetória. A solução está em investir na capacidade de autogovernança e nos saberes ancestrais para criar um novo ponto de inflexão.
Já está disponível para download a versão resumida do estudo “Extremos climáticos: os Pontos de Inflexão Social na Amazônia” com os principais destaques, pontos técnicos e caminhos para resolução da crise na Amazônia.